segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A morte (Solange Duarte) - (Poema)

A morte revela a impermanência das coisas,
Evidencia a ignorância primordial,
Revela-nos o equívoco do concreto,
Denuncia profundos apegos e desejos,
Presenteia-nos com o medo de perder
O que nunca se teve.

Assim o centro da Roda
Assim os três venenos
Assim a ilusão, o desejo, a repulsa
Assim se revela o impalpável
Assim a morte
Assim o renascimento
E novamente a Roda

Por diferentes caminhos andei
Diversos reinos percorri,
A certeza da superficialidade
que transforma em névoa amor e segurança.
Desconfiança, insegurança.
Ameaçada sobrevivência.
Ódio, raiva, inveja,
inteligência, criatividade.
Superação,
Transformação!!!!

Em cada reino
Em cada parte
Um pouco de mim se desfez
Um pouco de mim se refez

Em cada reino
Em cada parte
Um pouco de mim morreu
Um pouco de mim renasceu.



(Autora: Solange Duarte)
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