
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Plural (Poema)
Plural, múltiplo
Multifacetado,
desconhecido sou...
Não pergunte, não a mim
não saberei resposta
nenhuma resposta
a única que ta dou.
Quem você vê?
Quem vejo no espelho?
Num espelho? Nu espelho!
Quem vejo travestido?
Que pensamentos,
que ideologias...
O que são ideologias?
O que são pensamentos?
Serão lugares, coisas, pessoas?
E pensar em nada é alguma coisa?
Coisa nenhuma me segura
e todas as coisas que consolam, limitam...
E os medos, e as fortunas, e o destino?
Que são? Clausuras? Cárceres?
Onde estão?
Onde estão e quem são os personagens?
Quem é você, que diz coisas sensíveis?
Quem é você, que diz coisas horríveis?
Quem é você, que se contradiz da manhã à noite?
Quem é você, que não é o mesmo à tardinha?
E por que quer saber quem sou se nem ao menos te defines?
E nem nunca o fará!
Porque nesse dia morto estará
e já não será ninguém, ou será 'morto' então?
Então algo ainda ficará.
O único que é um dia,
é o único que já não poderá mais ser.
Porque nesse dia será
tão somente o que tudo rejeitaria...
DG
.
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ResponderExcluirA verdadeira amizade jamais é esquecida
por mais distante que eu esteja meu pensamento estará sempre contigo.
Linda é nossa amizade estou passando por uma chuva
não chamaria de tempestade , pois tudo Jesus resolve.
Sem sua amizade e dedicação não teria sido possivel continuar
meu coração faz uma festa quando vejo seu carinho no meu blog.
Nessa segunda feira estou passando para desejar uma semana abençoada por Deus.
E aproveitar para deixar meu carinho e mil beijos meus.
Carinhosamente ,Evanir.
Devagar Voltando...
Tão longa é a vida que horas no define, hora não nos diz nada, e seguimos, achando que hora somos de um jeito, hora somos de outro jeito. Esse é o único jeito de sermos, sendo...
ResponderExcluirAdorei o blog Daniel sigo-o com prazer, também te adicionei ao face.
Abraços e ótima semana
Sou aquela que te ama... rs
ResponderExcluirBrincadeiras (verdadeiras) a parte né!
Que poema unico. Maravilhoso!
Me coloco agora no singular e revisto-me com suas verdades.
BjsMeus
Sua.
Meu Deus,que coisa linda essa poesia!Questionamentos que nos fazemos a cada instante e só o fato de perguntar já faz toda a diferença em nossas vidas!Bjs e boa semana!
ResponderExcluirOi, querido Daniel!
ResponderExcluirQue poesia paradoxal! Não me digas, que foi de ler meu poema? (rs)
Tudo, todos nós estamos em mutação constante. Nada nem ninguém é estático. O importante é preservar nossa essência, isso sim. Tudo o resto, pode cambiar, como dizem os espanhóis.
Obrigada pelo teu carinhoso comentário.
Boa semana para vocês, tá?
Beijos da Luz, com estima.
Eu penso que sempre estamos nu neste espelho, onde já não sou o que vi e nem pensei.O que serei apos este olhar lançado,desconfiado na vergonha da minha nudez,é o que me faz repensar e concluir, que somos apenas o instante que este olhar fixa na busca das respostas, que eu nunca encontrarei,porque elas não existem.
ResponderExcluirFantastica inspiração amigo,voce faz bonito.
Meus aplausos com admiração.
Meu terno abraço na bela semana de paz e luz.
ResponderExcluirNossa, Daniel! Simplesmente estupendo. Bravo!
Creio que nunca encontraremos respostas para todas as nossas perguntas. Seremos eternos indagadores. Somos muitos em um, salvos apenas pela essência.
Parabéns, amigo!
Semana maravilhosa para você.
Abraço.
Maravilha!!!
ResponderExcluirSaber se olhar no espelho assim,
e poeticamente, é uma arte.
Vai fundo, meu irmão de poesia.
É pura magia!
Olá Daniel,
ResponderExcluirLindo poema,linda arte de sentir e de ser....
"A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são."
Fernando Pessoa
Beijo no coração e um restante de semana abençoado
Joelma .
Vários em um,,,sentimentos...caminhos...loucuras...poemas....abraços amigo e um belo dia pra ti.
ResponderExcluirgrande dilema numa doce e linda poesia...
ResponderExcluirNão interessa o porquê, o quando, o onde ou tão simplesmente o como, o que verdadeiramente interessa é a subtileza das palavras...
Amei, bj
Quem sou? Quem és? Quem somos??
ResponderExcluirDefinições... Elas realmente nos dão voltas...
Adorei o texto D. Garcia!
Sensacional!
Abraço!
ser o não-ser da pluralidade, aí deste-ser-nos
ResponderExcluirna imensidão
a
l
Oxente, e se eu não perguntar a você, vou perguntar a quem? Eu não tenho muitas perguntas e as respostas, sem fim...
ResponderExcluirMas eu desconfio que você nunca saberá responder ao certo. Nenhum de nós saberá.
Agraços, homem plural.
Mas bah, mais uma bela obra *-*
ResponderExcluirquestionamentos, renúncias, dúvidas, esquivas...
Se teu poema fosse parte do mundo, uma vida toda ele seria. Se tuas palavras fossem livro, ou manual, por favor, guia-me ao encontro dele, eu pediria.
Sempre talentoso ;]
Te aguardo pra uma visita *_*
(quem ainda não segue, adoraria que seguisse de volta)
Pra quem já segue, só aguardo um comment lá =p
diademegalomania.blogspot.com
Abraço
Vim agradecer a tua visita em meu blog, e dizer que estarei sempre por aqui :]
ResponderExcluirMuitos abraços
Grande amigo poeta, deixei um coonvite para voce no blog, mas fique a vontade para aceitar ou não.Sei que as vezes os dias são turvos.
ResponderExcluirUm abração de paz e luz amigo.
..."O MISTÉRIO DAS COUSAS
ResponderExcluir(do "Guardador de Rebanhos"
Alberto Caeiro)
O mistério das cousas,
onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos
que é mistério?
Que sabe o rio disso e
que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais
do que eles, que sei
disso?
Sempre que olho para as cousas
e penso no que os homens pensam
delas, rio como um regato
que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto
das cousas é elas não terem
sentido oculto nenhum.
É mais estranho do que
todas as estranhezas
e do que os sonhos de todos
os poetas e os pensamentos
de todos os filósofos,
que as cousas sejam
realmente o que parecem
ser e não haja nada que
compreender.
Sim, eis o que os meus
sentidos aprenderam
sozinhos:
As cousas não têm significação:
têm existência.
As cousas são o único sentido
oculto das cousas.
bom dia, meu querido poeta!
Vivi
Que legal Daniel!
ResponderExcluirMuitos rejeitam a morte, mas morreram um dia. E eu acredito que a contradição é pertinente a todo ser pensante e que ela tem suas vantagens, para quem se permite. As vezes nos pegamos fazendo coisas que dizíamos que nunca iríamos fazer e de repente nos vemos fazendo. É incrível!
Abrç
End Fernandes
Não me pergunte quem sou, pois nem me descobri. E se não posso responder, o que dirão os outros? No espelho, o que desejo ver. Na vida, muito do que preciso saber, em busca infinita.
ResponderExcluirLindos versos! Abraços!
Relendo sua bela poesia e refletindo sobre a pluralidade de nossa personalidade!Lindo demais!bjs,
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