quarta-feira, 12 de maio de 2010

Declaração (Inacabado) - (Poema)

Tenho umas palavras pra te dizer,
Mas antes, sei que devo ressaltar
Que não pretendo vir a te assustar;
Que a vida, ao que parece, vai-te bem.

Peço que continues na leitura.
Do que te pareces declaração,
É somente uma outra contemplação;
Tornar a realidade menos dura.

Mas já não posso mais dissimular
Quão bem me faz a luz dos olhos teus;
Todo esse brilho intenso, o azul dos céus
Parece caber todo em teu olhar.

E ainda não é tudo o que eu preciso
Te dizer, então sigo sem demora.
Que já há chegado o momento, a hora,
Não sai de mim o doce em teu sorriso.

Não, por favor, não! Te peço, te imploro!
Não desistas de alcançar o final.
O que te suplico agora é banal:
Apenas prossiga... depois põe fora.

Meu relato não carrega intenções
De buscar em ti reciprocidade;
Não é meu direito essa veleidade,
Meros devaneios, sem ilusões.

Como te adiantei, logo de entrada,
Não te direi palavra a chatear-te.
Apenas permita-me contemplar-te.
Que mais pediria?... peço mais nada.

Tua angelical presença é ternura,
É água cristalina a voz que entoas.
São mistérios que só rio e canoa
Revelam em contato com a candura

És hoje pra mim mais que encantamento;
Povoam sonhos meus tua nobreza
De espírito, doce e terna beleza
Fina flor a encantar meus pensamentos

Houve dia em que o acaso me sorriu,
Reunida estavas com outras gentes,
E revelou-me em neutro ambiente,
Tua delicada graça gentil

Sem erros digo que não encontrei
Ainda pessoa com tal valor(?).
(...)

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