sábado, 17 de setembro de 2011

Camadas (Poema)






meus mesmos olhos
que afundam
aprofundam
interpretam
interpelam
desvelam
revelam


meus mesmos olhos
reconhecem
despem


artimanhas
barganhas
façanhas


de si para si


no tempo da minha ingênua idade
infância das mentes imaculadas
cria em olhos repousados na couraça


com o rompimento dessa inocência
o espírito perscrutando essência
em tudo que vasculha a nódoa ele acha


tua nobreza
e tua vileza
atadas num único e vicejante nó
não passam mais despercebidas
pois que integram toda a tua vida
sendo em camadas uma coisa só.


DG
.

2 comentários:

  1. a vida é um mistério e nossa percepção, recortes do real, de acordo com a pp história e maneira q nos desenvolvemos ou defendemos frente a ela. o olhar abrange camadas, mas a vida traga-nos, absorve-nos, arrebata-nos sempre na totalidade. pq viver é uma questão de inevitável inteireza...

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