quarta-feira, 15 de junho de 2011

As três peneiras de Sócrates




Você conhece a parábola que diz que toda informação precisa passar pelas "três peneiras" para avaliar se deve ou não ser propagada?


É mais ou menos assim. (As observações são minhas)


Essa história teria acontecido quando Augustus procurara por Sócrates para levar-lhe uma informação. Sócrates então teria indagado preambularmente:


1. A informação é verdadeira? - Augustus responde que "vieram contar-lhe, desconhece sua legítma procedência".
(Toda informação deve ser averiguada, para não difamar ninguém imerecidamente. Todo aquele que levar adiante informação inverídica deverá ser considerado igualmente um difamador e mentiroso.)


2. A informação remete à bondade? - Ao que se lhe responde que não.
(Se não for bom, se a intenção for meramente destruir a reputação de outrem gratuitamente, então quem a repassa não presta um serviço, antes, revela-se um maledicente frívolo.)


3. A informação possui utilidade? - Augustus, já envergonhado, responde novamente não ser útil.
(Se algo não for útil para alguém, se não for para edificar, servir como exemplo, ela somente serviria para demonstrar o caráter medíocre,  leviano e fútil do propagandista.)

Concluindo, Sócrates sentencia:

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil,  é melhor que o guardes apenas para ti.

Lembremo-nos todos nós: antes de repassar uma informação, será nossa reputação como ser humano íntegro que estará na berlinda; tão quanto ou mais do que manchar a imagem de pessoas alheias ao fato. Logo, saber de certas coisas não nos engradece; do contrário, nossa curiosidade pode ser nossa ruína, aquilo que nos aviltará diante de amigos e pessoas queridas.

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