domingo, 27 de junho de 2010

Ainda bem que existe o outro!

Para justificar erros, omissões e incompetência, ninguém melhor que o outro. E isto adianta?

Uma das coisas mais irritantes nas empresas é o perfil psicológico de funcionários que procuram eximir-se de suas responsabilidades, colocando a culpa nos outros.

Passar o "macaco", como dizem os americanos, e devolver a tarefa ao seu chefe ou aos seus pares, contando com uma das desculpas tradicionalmente aceitas na cultura das empresas brasileiras.

No Brasil, usa-se "passar o mico". Talvez este comportamento possa ser explicado, uma vez que é esse o processo natural de autodefesa contra uma chefia autoritária e burocratizada, onde não se admitem erros ou omissões.

O jogo de empurra-empurra é uma instituição nacional. Até mesmo os governantes utilizam-se desse expediente, pelo temor de tomar iniciativas que possam gerar polêmicas. O medo de criar caso faz com que o brasileiro diga "deixar como está, para ver como fica".

O tempo, muitas vezes, resolve por si só as questões, justificando assim a atitude preguiçosa das pessoas. Como a crítica destrutiva campeia facil, só anunciará a crença de que tomar qualquer iniciativa gera tantos riscos, que é melhor não fazer nada. Embora freqüentemente em administração de empresa, "mais vale uma decisão errada no tempo certo do que uma decisão certa no tempo errado".

Os conceitos populares arraigados na cultura do nosso povo são levados para dentro das empresas, gerando atitudes negativas no desenvolvimento dos negócios. Às vezes, o costume, a urgência, a hierarquia rígida, a confusão de funções, o excesso de autoestima e importância, geram a fuga da responsabilidade pela iniciativa. Daí a existência de uma verdadeira Tabela de Desculpas. Vamos a ela:

01 - Ainda não fui informado.
02 - Estou tão ocupado que não tenho tempo.
03 - Estou com tanto trabalho que não posso fazer.
04 - Não sabia que você tinha tanta pressa.
05 - Ainda estou aguardando a aprovação do chefe.
06 - Estou aguardando meu chefe chegar para perguntar a ele.
07 - Ninguém me disse que era para continuar.
08 - Sempre fiz dessa maneira.
09 - Como poderia saber que não era assim?
10 - Ih! Esqueci!
11 - Pensei que já havia dito.
12 - Achei que não era importante.
13 - Este não é meu trabalho.
14 - Não compete ao meu departamento.
15 - Não fui contratado para isso.
16 - Já era pra começar?
17 - Disseram que era pra fazer, mas não disseram que seria pra "eu fazer".
18 - Em vez de só esperar, por que não fez você mesmo?
19 - Falta-me conhecimento, só estou estagiando nesse setor.
20 - Se todo mundo sabia que era pra fazer, então por que ninguém fez?

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